ARTISTAS E HQS

Thursday, April 16, 2009

SAMICLER E O COMETA


Realmente, a súcia de moleques sem neurônios vive a tentar, de todas as formas, desacreditar e sepultar qualquer chance dos artistas de quadrinhos brasileiros ao menos mostrarem seu trabalho ao público do seu próprio país.

Bem sabemos quem são essas figuras infames, os quais, geralmente, se dividem em três facções:


1 - fãs irracionais dos super-heróis americanos ou dos mangás japoneses, altamente alienados;


2 - fracassados roteiristas e/ou desenhistas de quadrinhos nacionais que não tiveram competência para se destacarem, e procuram despejar suas frustrações sobre aqueles que obtiveram algum êxito;


3 - um grupo híbrido, que se compõe da união de elementos das duas facções acima. Ou seja, são também quadrinistas incompetentes e fãs irracionais com as cabeças deturpadas pelos comics e/ou mangás.

O alvo principal dessa turba, como já dito anteriormente, é o veterano quadrinista paraibano Emir Ribeiro. Acontece que, para desespero e fúria incontida dessa súcia, o paraibano fez discípulos, os quais também já começam a se transformar em mais uma pedra nos sapatos apertados dessa gente descerebrada.

É o caso do catarinense Samicler Gonçalves, que também lançou seu super-herói há alguns poucos anos: o Cometa.

Samicler também percebeu (ou observou bem as ações e resultados do Emir Ribeiro) que a melhor forma de se projetar e fazer sua criação ser conhecida, é, primeiramente manter uma certa perenidade da publicação, primar pela qualidade artística e editorial do seu gibi, e sobretudo, não desistir de publicar, fazendo sempre seu próprio mershandising.

Uma outra acertada decisão de Samicler é a opção declarada por divulgar seus colegas brasileiros e respectivos personagens, na própria revista do Cometa, através da promoção de encontros entre os criações de diversos autores, inclusive os saudosos heróis brasileiros dos anos 60.

Para ser bem sincero, eu não esperava que alguém tão novo tivesse o discernimento de perceber que esse é o caminho certo a seguir, uma vez que a maior parte dos novos quadrinistas são extremamente egocêntricos, ainda ligados nos velhos e superados clichês de super-heróis, e principalmente, absolutamente fechados até às críticas construtivas.

É bem verdade que o Cometa não é nenhuma perfeição em termos criativos, afinal comete alguns deslizes, como por exemplo: se declarar abertamente fã do Super-Homem e deixar isso patente no seu gibi, inclusive com citações e desenhos sobre o antigo personagem americano; e se calcar ainda em soluções desses depreciados e fadigosos super-heróis americanos. Porém, percebo que Samicler vai percebendo aos poucos que é preciso mudar certas posturas arcaicas, e acredito que ele fará mais mudanças até que o Cometa se desenvolva e evolua, ficando sustentado por bases mais sólidas e identificadas com o nosso país. Desenhos num nível excelente de qualidade, ele já tem. Falta agora promover mudanças nos roteiros e na estruturação do personagem.

E a título de sugestão, que a meu ver faria o Cometa arremeter num vôo ascendente: que tal passar umas três ou quatro próximas histórias do herói para serem escritas pelo próprio Emir Ribeiro? Seria uma união imbatível e que elevaria o Cometa a um patamar muito mais alto, e definitivamente transcedendo os limites e regrinhas que saturaram e levaram o gênero dos heróis à atual situação de estagnação e falta de inovações.


Capitão Caravela

Na imagem: Capa do Cometa nº 6, onde estão reunidos o protagonista, O ESCORPIÃO (de Rodolfo Zalla, anos 60), RAIO NEGRO (de Gedeone Malagola, anos 60) e NOVA (de Emir Ribeiro, criada nos anos 70, mas ainda publicada).

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